terça-feira, 20 de abril de 2010

Ser ou não ser?

Essa famosa frase de Hamlet foi responsável por uma credibilidade de muitos e muitos anos. A de Parmênides "to on" também. Ambas durante todos esses séculos sentenciaram o lado subjetivo do ser humano.
Acontece que a memória curta e o rumo que o mundo tem tomado acabam por modificá-las. Não temos memória para lembrá-las o suficiente, e muito menos perspectivas na vida para acreditar nelas.
Uma criança no auge de sua inocência poderia acreditar caso conhecesse Filosofia. Um jovem de classe média alta ao visualizar apenas o seu mundo também.
Mas a pergunta a ser feita é: Se cerca de 68% da população mundial é pobre e se 85% dos brasileiros vive em condições precárias, como acreditar nisso? Como ter esperança de progredir socialmente e de acreditar que a sua essência e o seu caráter é o mais importante? O que sempre falou mais alto nas classes mais pobres da população foi a fé em Deus. É claro, já viu muitos ricos possuírem fé? Eles não precisam acreditar em algo supremo, porque eles tem base e recurso suficiente para acreditar que no mundo deles quase tudo é possível.
O mundo do "ser ou não ser" continuaria válido para eles. Se Shakespeare com seu poder de observação e com a tragédia presente em seus obras, estivesse vivo poderia fazer uma representação de toda essa tragédia social apenas enfatizando que a frase perfeita para o século XXI é a de ter ou não ter.

Cíntia

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